Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não
gosto.
Não sei sentir em doses homeopáticas.
Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja
ilusória
e se não for assim, prefiro que
não seja.
Não me apetece viver histórias
medíocres,
paixões não correspondidas e pessoas água com
açúcar.
Não sei brincar e ser café com leite.
Só quero na minha vida gente que transpire
adrenalina de alguma forma,
que tenha coragem suficiente pra me dizer o que
sente antes, durante e depois
ou que invente boas estórias caso não possa
vivê-las.
Porque eu acho sempre muitas
coisas - porque tenho uma mente fértil e delirante - e porque posso achar
errado - e ter que me desculpar - e detesto pedir desculpas embora o faça sem
dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia.
Quero grandes histórias e
estórias;
quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o
nada.
Não me importa o que é de verdade ou o que é
mentira,
mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu
prazer
e me fazer crer que é para sempre quando eu digo
convicto que "nada é para sempre."
(Gabriel Garcia Márquez)
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