DAR CORDA À FANTASIA
Passo os dias pendurado no circo da imaginação
Sou trapezista da arte falada no realejo da alegria
Pobre saltimbanco sem eira nem beira de alma vazia
Palhaço sem direito a ego, sentimento ou emoção.
Dou voltas e cambalhotas, sou ginasta acrobata
Domador de feras, na sua grande maioria humanas
Hipnotizador de serpentes, ou será de iguanas
Sou o rei da macacada, fala barato, humano/primata.
Num golpe de magia, sou gênio do surrealismo
Tenho mente inquieta, sou artista, ou idealista
O que trago na cartola é o dom do ilusionismo.
Há um malabarismo no ato da sobrevivência
Um faquir lançador de acutilantes arremessos
Mas o espetáculo é pago, tenham lá paciência…
(Maria Fernanda Esteves)
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