quinta-feira, 30 de junho de 2011

A VIDA NÃO ME ENSINOU


A vida não me ensinou:


Dizer adeus às pessoas que amo! Sorrir às pessoas que não gostam de mim! Fazer de conta que tudo está bem, quando não é verdade! Aceitar gratuitamente agressões que não levam a nada, nem a lugar algum! Calar-me frente a violência de qualquer tipo! Aceitar meus erros como algo inerente ao ser humano. Eu posso ser sempre melhor, sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo. Ficar inerte quando os que amo estão com problemas. Ser hipócrita! Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim, depósito de suas frustrações e desafeto. Ficar em cima do muro. Fechar meus olhos às injustiças! Ser imune à dor de um irmão, de um amor, de um amigo. Porém, a vida ensinou-me e colocou em meu caminho, algum amor, alguma alegria, algumas belezas, um pouco de poesia. Ensinou-me a, algumas vezes, perdoar, outras, a pedir perdão. Ensinou-me a sonhar acordado (isso, eu aprendi facilmente!) A acordar para a realidade sempre que fosse necessário! A aproveitar cada instante de felicidade! A chorar de saudade, sem vergonha de demonstrar. Me ensinou a ter olhos para ver e ouvir estrelas, embora nem sempre consiga entendê-las. A ver o encanto do por do sol. A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que for possível, para a felicidade do meu ser. A abrir minhas janelas para o amor! A não temer o futuro! A aproveitar o presente como presente que da vida recebi e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenha que lapidar, dando-lhe a forma da maneira que eu preferir. E é dessa forma que tento viver e levar a minha vida para frente. Embora, às vezes, eu tropece. Faz parte da edificação, do crescimento!

(Nicholas Montessori)

sábado, 4 de junho de 2011

OLHA TEU JARDIM



OLHA no teu jardim as rosas entreabertas, 

e nunca as pétalas caídas; 
OBSERVA em teu caminho a distância vencida 

e nunca o que falte ainda; 
GUARDA do teu olhar os brilhos de alegria 

e nunca as névoas de tristezas; 
RETÉM da tua voz risadas e canções 

e nunca os teus gemidos; 
CONSERVA em teus ouvidos as palavras de amor e nunca as de ódio; 
GRAVA em tua pupila o nascer das auroras 

e nunca os teus poentes; 
CONSERVA no teu rosto as linhas do sorriso 

e nunca os sulcos do teu pranto; 
CONTA aos homens o azul das tuas primaveras 

e nunca as tempestades do verão; 
GUARDA da tua face apenas as carícias, 

esquece as bofetadas; 
CONSERVA de teus pés os passos retos e puros, esquece os transviados; 
GUARDA de tuas mãos as flores que ofertaram, 

esquece os espinhos que ficaram; 
De teus lábios CONSERVA as mensagens bondosas, 

esquece as maldições; 
RELEMBRA com prazer as tuas escaladas, 

esquece o prazer fútil das descidas; 
RELEMBRA os dias em que fostes água limpa, 

esquece as horas em que foi brejo; 
CONTA e mostra as medalhas das tuas vitórias, 

esquece as cicatrizes das derrotas; 
OLHA de frente o sol que existe em tua vida, 

esquece a sombra que fica atrás; 
A flor que desabrocha é bem mais importante 

do que mil pétalas caídas; 
E só um olhar de amor pode levar consigo calor 

para aquecer muitos invernos; 
A bondade é mais forte em nós e 

dura muito mais do que o mal 

que nós mesmos praticamos; 
SÊ OTIMISTA, e não te esqueças de que... 
É NO FUNDO DA NOITE SEM LUAR 

QUE BRILHAM MUITO MAIS 

AS ESTRELAS!! 



Desconheço Autoria (Me foi enviada pelo querido amigo Angel)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

EU DESEJO QUE DESEJES



Eu desejo que desejes ser feliz de um modo possível e rápido, 
desejo que desejes uma via expressa rumo a realizações não utópicas, 
mas viáveis, que desejes coisas simples como um suco gelado 
depois de correr ou um abraço ao chegar em casa, 
desejo que desejes com discernimento e com alvos bem mirados.


Mas desejo também que desejes com audácia, 
que desejes uns sonhos descabidos 
e que ao sabê-los impossíveis não os leve em grande consideração, 
mas os mantenha acesos, livres de frustração, 
desejes com fantasia e atrevimento, 
estando alerta para as casualidades e os milagres, 
para o imponderável da vida, onde os desejos secretos são atendidos.


Desejo que desejes trabalhar melhor, que desejes amar com menos amarras, 
que desejes parar de fumar, que desejes viajar para bem longe 
e desejes voltar para teu canto, desejo que desejes crescer 
e que desejes o choro e o silêncio, através deles somos puxados pra dentro, 
eu desejo que desejes ter a coragem de se enxergar mais nitidamente.


Mas desejo também que desejes uma alegria incontida, 
que desejes mais amigos, e nem precisam ser melhores amigos, 
basta que sejam bons parceiros de esporte e de mesas de bar, 
que desejes o bar tanto quanto a igreja, 
mas que o desejo pelo encontro seja sincero, 
que desejes escutar as histórias dos outros, 
que desejes acreditar nelas e desacreditar também, 
faz parte este ir-e-vir de certezas e incertezas, 
que desejes não ter tantos desejos concretos, 
que o desejo maior seja a convivência pacífica 
com outros que desejam outras coisas.


Desejo que desejes alguma mudança, 
uma mudança que seja necessária e que ela não te pese na alma, 
mudanças são temidas, mas não há outro combustível para essa travessia. 
Desejo que desejes um ano inteiro de muitos meses bem fechados, 
que nada fique por fazer, e desejo, principalmente, 
que desejes desejar, que te permitas desejar, 
pois o desejo é vigoroso e gratuito, o desejo é inocente, 
não reprima teus pedidos ocultos, desejo que desejes vitórias, 
romances, diagnósticos favoráveis, mais dinheiro e sentimentos vários, 
mas desejo, antes de tudo, que desejes, simplesmente. 

(Martha Medeiros)