sexta-feira, 27 de novembro de 2009

NÃO QUERO


Não quero alguém, que morra de amor por mim...
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim,
me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me
ame, não me importando com que intensidade...
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de
mim...
Nem que eu faça a falta que elas me fazem!
O importante pra mim, é saber que eu, em algum momento, fui
insubstituível...
E que esse momento será inesquecível...
Só quero que meu sentimento seja valorizado...
Quero sempre poder ter um sorriso estampando no meu rosto, mesmo quando a
situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz, para os que estiverem ao
meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...e poder ter a
absoluta certeza de que esse alguém, também pensa em mim quando fecha os olhos,
que faço falta quando não estou por perto...
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons
sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente
importa, que é meu sentimento... e não brinque com ele...
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca
cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter
forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe...
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem
humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro
dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito
e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras
pessimistas...
Que a esperança nunca me pareça um "não" que a gente teima em maquiá-lo
de verde e entendê-lo como "sim".
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder
dizer a alguém o quanto é especial e importante pra mim, sem ter de me
preocupar com terceiros...
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas, com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o amor
existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é
bela sim, que eu sempre dei o melhor de mim...e que valeu a pena!!!

(Mário Quintana)

Essa poesia me foi enviada por um amigo muito querido, que como ninguém entende esse meu momento. Obrigada Leo!!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

É MÁGOA


É mágoa, vou dizendo de antemão
Se eu encontrar com você
Tô com três pedras na mão
Eu só queria distância da nossa distância
Saí por aí procurando uma contramão

Acabei chegando na sua rua
Na dúvida qual era sua janela
Lembrei que era pra cada um ficar na sua
Mas é que até a minha solidão tava na dela

Atirei uma pedra na sua janela
E logo correndo me arrependi
Foi o medo de te acertar
Mas era pra te acertar
E disso eu quase me esqueci

Atirei outra pedra na sua janela
Uma que não fez o menor ruído
Não quebrou, não rachou, não deu em nada
E eu pensei, talvez você já tenha me esquecido

Eu só não consegui foi te acertar o coração
Por que eu já era o alvo
De tanto que eu tinha sofrido
Aí nem precisava mais de pedra
A minha raiva quase transpassa
A espessura do seu vidro

É mágoa, o que eu choro é água com sal
Se der um vento é maremoto
Se eu for embora, não sou mais eu
Água de torneira não volta
E eu vou embora
Adeus

(Intérprete: Ana Carolina)

sábado, 7 de novembro de 2009

O VENTO...


Vai, pelas ruas jogando com toda a poeira

Limpa o caminho para onde quer que eu vá

Em tua fúria, por vezes de forma descontida

Leva para longe toda e qualquer tristeza

Leva para nunca toda a dor e todo o rancor

E traz para mim todo o amor e toda a beleza.


Vai revolto, carregado de toda a ira

E retorna brando, volta em forma de brisa

Acariciando meus cabelos após o temporal

Assim como a magia de um vento litoral

Que brinca alegre com as ondas do mar

E altera os cenários mudando as dunas de lugar.


(Rogério Reis)